A icônica Patagônia Chilena
Punta Arenas / Puerto Natales / Torres del Paine

A Patagônia Chilena é uma das regiões mais remotas e deslumbrantes do planeta, localizada no extremo sul do Chile. Com suas vastas paisagens naturais, que incluem fiordes, montanhas, lagos cristalinos e florestas densas, é um destino popular para os amantes da natureza e da aventura. A região faz parte de uma das áreas mais preservadas e com uma biodiversidade impressionante. Nesse roteiro estivemos nas cidades de Punta Arenas e Puerto Natales bem como no Parque Nacional Torres del Paine, que é uma das principais atrações turísticas da região.
Nosso roteiro começa e termina em Punta Arenas, porta de entrada da Patagônia Chilena. Não há voos direto a partir do Rio de janeiro, todos necessitam de conexão pelo menos em Santiago. Punta Arenas possui um aeroporto que recebe voos de várias cidades do Chile. Você também pode optar por chegar de ônibus ou carro, apreciando a paisagem ao longo do caminho.
Roteiro de nove dias pela Patagônia Chilena
Dia 1 – Viagem para Punta Arenas
Nosso voo saiu as 6:00h e contemplava duas conexões, uma em Guarulhos e outra em Santiago todas com duas horas e meia de espera. É um tempo razoável já que ambos os aeroportos são enormes e ainda temos que trocar de terminal. 
Em Guarulhos experimentamos a Sala Vip da Latam no terminal 3, claro que não íamos gastar com isso, mas como o cartão de credito contemplava esse benefício aos seus clientes, porque não aproveitar?
A experiência foi ótima. Fizemos um rápido check-in sem muita burocracia na entrada, o espaço é amplo com muitas poltronas e mesas. Como chegamos pela manhã havia um amplo buffet de café da manhã com grande variedade de pães, queijos, frios, ovos mexidos, pães de queijo, bebidas quentes e geladas onde você pode se servir a vontade. Caso quisesse também tinha opção de banho e até camas para pequeno descanso. O Wi-Fi é bom e tem um monte de tomadas para carregar celular ou ligar aparelhos eletrônicos. Porém, você só pode entrar até três horas antes da partida do seu voo. Não sei se em outras salas também é assim, mas para nos foi suficiente, valeu a experiência.
Punta Arenas: A joia da Patagônia Chilena
A cidade está situada nas margens do Estreito de Magalhães e é cercada por paisagens deslumbrantes, incluindo montanhas, florestas e a imponência da Cordilheira dos Andes. É uma porta de entrada para o Parque Nacional Torres del Paine, famoso por suas trilhas, lagos e vistas de tirar o fôlego. Ficamos três dias na cidade, para nós tempo suficiente para conhecer as principais atrações.
Dia 2 – Foi dedicado a caminhar pela cidade para conhecer as principais atrações.
Costaneira
É uma das vias mais emblemáticas da cidade. Ela acompanha a orla do Estreito de Magalhães, oferecendo uma vista privilegiada do mar. Em dias claros da pra ver até as montanhas da Terra do Fogo. O vento constante e o frio cortante, característico da patagônia está sempre presente. É um dos melhores lugares para apreciar o por do sol.
Entre os pontos de interesse podemos destacar o Monumento ao Descobrimento do estreito de Magalhães, uma escultura dedicada a Fernão de Magalhães. 
Também destaco uma outra escultura, a Circunavegação, inaugurada em 21 de outubro de 2020 para comemorar os 500 anos da primeira travessia do estreito de Magalhães por Fernão de Magalhães. 
E não tinha melhor lugar para o clássico letreiro “PUNTA ARENAS” com o mar do estreito ao fundo.
Mercado Municipal de Punta Arenas
O mercado ocupa um edifício de três andares e um subsolo, projetado para resistir ao clima rigoroso da região. O primeiro piso abriga bancas de pescados, bancas de frutas e verduras, além de floriculturas. No segundo andar, encontram-se restaurantes simples, lojas de artesanato e um ponto de informações turísticas. O terceiro piso oferece um pátio de comidas com vista panorâmica para o Estreito de Magalhães, proporcionando uma experiência gastronômica única.
 
Plaza de Armas Muñoz Gamero
É o coração histórico e cultural da cidade mais austral do Chile. A praça  de Armas como é mais conhecida, é cercada por edifícios históricos, como o Palácio Sara Braun, a Catedral de Punta Arenas e o Museu Regional de Magallanes. 
Além de ser um ponto turístico, a Praça Muñoz Gamero é um espaço de convivência, onde ocorrem eventos culturais e feiras de artesanato. 
No centro da praça destaca-se uma escultura homenageando o navegador português Fernando de Magalhães, descobridor do estreito no topo, cercado por figuras que representam aspectos da exploração e da vida na região, incluindo a figura do Indio Patagón. Reza a lenda que tocar ou beijar seu pé traz boa sorte e garante o retorno a Punta Arenas.
Dia 3 – Tour pela Tierra del Fuego com visita a Colônia de Pinguim Rei
O dia começa com a van nos pegando em casa (airbnb) às 7:00 e depois seguimos para o terminal de Três Puentes para embarcar e um ferry boat para em 2 horas de navegação cruzar o Estreito de Magalhães para a ilha da Tierra del Fuego. O desembarque é na Baía de Chilota e de lá é uma viagem de 5 quilômetros onde você chegará à cidade de Porvenir; como chegamos já próximo a hora do almoço, paramos para almoçar. Mais tarde fomos conhecer a Plaza de Armas Selknam. 
Seguimos pela orla até um ponto alto onde temos uma pela vista da cidade.
Colônia de Pinguim Rei 
Depois de uma hora no local, continuaremos nossa viagem para novamente cruzar o estreito de Magalhães, desta vez por sua parte mais estreita (Primeira Angostura, apenas 20 minutos de navegação). Ainda fizemos uma parada rápida na Estância San Gregorio abandonada, uma das primeiras e mais históricas da região, e depois retornar a Punta Arenas.
Minha Impressão: Achei decepcionante. A maior parte do passeio foi dentro do ferry boat ou na Van. A atração principal, a Colônia de Pinguim Rei ficava bem longe da área destinada ao visitante, era necessário usar lunetas para vê-los mais de perto. O preço não foi barato, em torno de R$ 600,00 por pessoa e sem almoço incluído. Resumo, deixamos de ir a isla Magdalena e Marta, por já ter conhecido essa espécie de pinguim em Ushuaia e ainda perdemos um dia inteiro.
Dia 4 – Mirador Cerro de la Cruz e Zona Franca
Mirador Cerro de la Cruz
Oferece uma vista espetacular da cidade, do Estreito de Magalhães e, em dias claros, até da Terra do Fogo ao fundo. Fica em uma colina bem próxima ao centro da cidade, dá para ir à pé a partir da Praça de Armas. É um ótimo local para contemplar o pôr do sol.

Zona Franca
A Zona Franca de Punta Arenas, é uma área comercial isenta de impostos localizada ao norte da cidade de Punta Arenas. Ela é uma das principais atrações de compras da região, tanto para moradores quanto para turistas, especialmente argentinos e brasileiros. 
Sua estrutura é parecida com um shopping center, com corredores cobertos, praças de alimentação e estacionamento. Algumas lojas são bem especializadas, enquanto outras vendem uma variedade de itens importados. Os produtos vendidos dentro da zona franca estão livres de impostos aduaneiros, o que permite preços mais baixos em comparação ao resto do Chile.
É um bom lugar para comprar equipamentos de aventura e roupas para frio intenso, ideais para quem está explorando a Patagônia.
Dia 5 – Viagem para Torres del Paine
A viagem de Punta Arenas até o Parque Nacional Torres del Paine é uma jornada cênica e bastante procurada por viajantes que desejam explorar a Patagônia chilena. A rodovia que liga as duas cidades é a Ruta 9, que é muito bem sinalizada e está em excelente estado. Só preste atenção que não existem postos de combustíveis no trajeto, o abastecimento deve ser em Punta Arenas, depois somente em Puerto Natales.
Opções de Transporte
Embora não existam voos diretos entre essas localidades, há diversas opções terrestres que conectam Punta Arenas ao parque, geralmente passando por Puerto Natales, a principal cidade base para quem visita a região.
1. Ônibus Regular:
A forma mais econômica e comum é pegar um ônibus de Punta Arenas até Puerto Natales, seguido por outro ônibus até o parque.
- Punta Arenas → Puerto Natales: A viagem dura cerca de 3 horas e 15 minutos. Empresas como Bus Sur oferecem múltiplas saídas diárias, inclusive do aeroporto e do centro da cidade.
 - Puerto Natales → Torres del Paine: De lá, siga por ônibus, transfer ou carro até uma das entradas do Parque Nacional Torres del Paine, como Laguna Amarga ou Portaria Sarmiento.
 
2. Transfer Privado:
Para maior comodidade, há serviços de transfer privados ou shuttles que fazem o trajeto direto de Punta Arenas até hotéis dentro do parque. Essa opção é mais rápida, com duração de cerca de 4 horas e 30 minutos, mas também mais cara.
3. Aluguel de Carro:
Nossa opção. Alugar um carro oferece flexibilidade para explorar a região no seu próprio ritmo. A viagem de Punta Arenas até o parque leva aproximadamente 5 horas e 40 minutos, percorrendo cerca de 360 km 
Puerto Natales: Ponto de partida para Torres del Paine
Puerto Natales é uma pequena cidade costeira localizada a cerca de 250 km de Punta Arenas. Tem boa infraestrutura para turistas, com hotéis, pousadas, hostels, restaurantes e agências de turismo. É pequena, mas charmosa, com ruas tranquilas e arquitetura simples, uma orla agradável para caminhadas, bons cafés e vistas panorâmicas para os Andes Patagônicos. Ela é o ponto de partida para o Parque Nacional Torres del Paine, um dos parques mais icônicos e visitados do Chile e do mundo.
Atrações:
- Cueva del Milodón: Uma caverna arqueológica nas proximidades de Puerto Natales, onde fósseis de uma espécie extinta de preguiça gigantesca foram encontrados.
 - Estância Península: Uma fazenda histórica que oferece a experiência de vida rural patagônica e vistas espetaculares do Lago Seno Última Esperanza.
 - Navegações pelos fiordes: Barcos saem do porto para passeios até os glaciares Balmaceda e Serrano, oferecendo paisagens incríveis.
 - Caminhadas, cavalgadas e ciclismo são atividades populares na região.
 - Torres del Paine: E é claro o Parque é a principal atração, fica a cerca de 1h30 de carro.
 
Parque Nacional Torres del Paine
Nosso destino nesse quinto dia de viagem. Almoçamos em Puerto Natales abastecemos o carro, não há postos de combustíveis fora de Puerto Natales, e seguimos pela rodovia Y-290 por cerca de 86km com boa parte sem asfalto, mas em boas condições e belos visuais.
A nossa opção de hospedagem foi as Cabañas Lago Tyndall a cerca de 10km da Guarderia (Portaria) Serrano do Parque. A localização é espetacular, as margens do magnífico Rio Serrano com vista para as montanhas nevadas do parque.
O Parque
O Parque Nacional Torres del Paine é o maior e mais famoso parque nacional da Patagônia Chilena. Com uma área de cerca de 2.400 km², o parque é famoso por suas paisagens de tirar o fôlego, com imponentes montanhas, vales, glaciares, lagos e florestas. É um destino de trekking mundialmente famoso, com trilhas que atraem aventureiros de todos os cantos do mundo.
Rio Serrano / Guanacos / Lago Pehoé com Cuernos del Paine ao fundo
- Atrações:
- Torres del Paine: O ícone do parque, com suas imponentes torres de granito que dominam a paisagem. O “Circuito W” é uma das trilhas mais populares para explorar essa área.
 - Lago Grey: Um lago rodeado por montanhas e com vistas deslumbrantes do glaciar Grey.
 - Glaciar Grey: Parte do Campo de Gelo Patagônico Sul, o maior campo de gelo não polar do mundo. O glaciar é uma das principais atrações para quem visita o parque, com a possibilidade de fazer trekking ou navegação para se aproximar dele.
 - Fauna: O parque é habitat de uma grande diversidade de fauna, incluindo guanacos, condores, pumas e, ocasionalmente, a vista de flamingos e outras aves.
 
 - Atividades:
- Trekking: Existem várias trilhas, desde curtas caminhadas até o Circuito W, que leva entre 4 e 5 dias para ser concluído, até o Circuito O, mais desafiador e de maior duração.
 - Passeios de barco: É possível fazer passeios de barco pelos lagos do parque, especialmente no Lago Grey, onde se pode ter uma vista impressionante dos glaciares e montanhas.
 
 - Acomodação: O parque é bem servido por diversas opções de acomodação, desde campings até lodges de luxo, e pode ser explorado tanto de forma independente quanto por meio de excursões guiadas.
 - Época de visitação: A melhor época para visitar a Patagônia Chilena é entre os meses de novembro e março, que correspondem ao verão no hemisfério sul. Durante o inverno (junho a setembro), as condições climáticas podem ser mais adversas e muitas trilhas e serviços ficam fechados.
 
Cabañas Lago Tyndall
- Estrutura e Comodidades As cabanas são ideais para famílias ou grupos, com unidades que acomodam até cinco pessoas. Cada cabana possui dois quartos, banheiro privativo, cozinha equipada com utensílios, geladeira e área de jantar. O aquecimento interno garante conforto mesmo nas noites mais frias. Além disso, o estacionamento privativo gratuito está disponível para os hóspedes.
 - Wi-Fi (Starlink) está disponível nas cabanas sem custo, embora possa apresentar instabilidades durante horários de pico.
 - Localização é um dos pontos fortes das Cabañas Lago Tyndall. Situadas a poucos minutos da entrada do parque, elas oferecem vistas panorâmicas do maciço de Torres del Paine e das margens do Río Serrano. A proximidade com o parque facilita o acesso às trilhas e atrações naturais da região como o Salto Grande, Lago Pehoé e o mirante Cuernos del Paine.
 - Alimentação Embora as cabanas não ofereçam serviço de alimentação, há opções de refeições nas proximidades, como o Pampa Lodge e o Hotel Río Serrano, que permitem que não hóspedes utilizem seus restaurantes, entretanto não espere preços baratos. Além disso, é possível preparar refeições nas próprias cabanas, utilizando a cozinha equipada, para isso deve levar toda sua comida pois não há onde comprar no parque.
 
Dia 6 – Guarderia Rio Serrano, Setor sul do Parque
Pela manhã seguimos para nosso primeiro dia no parque. Rodamos 4km pela Y-290 até a Guarderia Serrano onde compramos os ingressos. Você pode comprar os ingressos diários ou para três dias, que foi o nosso caso. Como fomos no final de março, já fora da alta temporada (verão), não foi necessário a compra com antecedência. Os valores atuais podem ser consultados no site do Parque.

Ingresso na mão seguimos mais 12km pela Y-150 até a Guarderia Grey. As estradas dentro do parque são todas de rípeo (pequenas pedras), mas em boas condições. 
Essa portaria conta com banheiros, restaurante e um grande estacionamento é a partir dela que se tem acesso ao Lago Grey e ao Mirante Glaciar Grey.

Lago e Glaciar Gray
O Lago e o Mirante são duas das atrações impressionantes do Parque Nacional Torres del Paine. Ambos oferecem paisagens deslumbrantes de geleiras, montanhas e águas glaciais.
A trilha que leva ao Lago começa por uma área de floresta, bem demarcada, atravessa uma pequena ponte sobre o Rio Pingo e em 15 minutos chega-se as margens do lago. A partir daí segue-se margeando o Lago até o inicio da trilha que leva ao mirante. A trilha é de fácil acesso e leva-se cerca de 45 minutos até o mirante do Glaciar.
Uma das experiências mais memoráveis é a navegação pelo Lago Grey a bordo de um catamarã. Este passeio de três horas permite aos visitantes admirar icebergs flutuantes, vegetação exuberante e as majestosas montanhas ao redor.


Lago e Glaciar Gray
Centro de visitantes e Sede Administrativa
Retornamos pela mesma estrada até o Centro de Visitantes que fica as margens do Lago Toro e realiza atividades educativas voltadas para a conservação e a biodiversidade do parque. Também disponibiliza mapas, passa orientações sobre trilhas, regulamentos do parque e informações sobre segurança. Conta com banheiros, estacionamento e áreas de descanso para os visitantes.


Salto Chico
É uma pequena cachoeira localizada na saída do Lago Pehoé, onde as águas do lago descem em direção ao Río Paine. Apesar de “chico” (pequeno), o salto é bastante impressionante, especialmente pelo cenário ao redor, o contraste das águas turquesa com as montanhas icônicas do parque ao fundo.
Fica na região central do parque, próximo à Hosteria Explora, com fácil acesso, inclusive por quem está hospedado nas proximidades do Lago Pehoé. É possível chegar ao Salto Chico por uma trilha curta e fácil, com cerca de 10 a 15 minutos de caminhada, bem sinalizado e com vistas panorâmicas incríveis do Macizo del Paine.

Mirador Pehoe
O Mirador Pehoé é um dos pontos mais fotogênicos e acessíveis do Parque Nacional Torres del Paine, oferecendo vistas deslumbrantes do Lago Pehoé, das montanhas Cuernos del Paine e de outros elementos icônicos do parque. Fica na margem norte do Lago Pehoé, muito próximo do Salto Chico e da Hostería Pehoé, a estrada Y-150 leva até o local e há estacionamentos próximos ao mirante O acesso é fácil e rápido, ideal para quem tem pouco tempo no parque ou quer um ponto de observação sem fazer longas trilhas.



Mirador Pehoé
Perrengue na volta para a Cabaña Lago Tyndall
Na volta para a nossa cabana comecei a perceber um barulho seco quando nosso carro passava em um desnível na estrada, parei para verificar e… pneu dianteiro furado! Nada demais, só trocar. Ao pegar o estepe, surpresa, estava vazio. Em Torres del Paine não tem oficinas, postos de combustíveis, muito menos borracharia a solução foi seguir com o pneu furado por cerca de 12km até nossa Cabana. O pneu aguentou bem a estrada de rípio. 
Assim que chegamos entramos em contato com a locadora que informou ter duas soluções, aguardar até o dia seguinte para a filial de Puerto Natales enviar outro pneu (no nosso caso dois pneus), o que só ocorreria na parte da tarde ou tentar consertar o pneu furado e ir a Puerto Natales pegar outro. 
Por sorte a dona das Cabanas estava perto e ouviu a conversa com a locadora e disse que o Hotel Serrano ali perto tinha uma oficina própria para pequenos consertos, inclusive borracharia, e se o dano não fosse grande poderia ser consertado. Resolvemos tentar consertar para não perder um dia inteiro. Como só podíamos ir a oficina no dia seguinte retiramos o pneu furado na esperança que ele pudesse ser consertado e assim evitar a ida a Puerto Natales. Impossível, tinha um rasgo de uns 10cm.
Dia 7 – Ida a Puerto Natales e Mirador Condor
Às 8 da manhã já estávamos na oficina, já tínhamos resolvido que iríamos percorrer os 86km até Puerto Natales, com a maior parte em estrada de terra, sem pneu sobressalente. A preocupação era saber se o estepe poderia ser consertado, se não pudesse, teríamos que esperar que os pneus viessem da locadora. Felizmente deu tudo certo. Pneu consertado seguimos para Puerto Natales, torcendo para que nada mais aconteça.
Na locadora explicamos o ocorrido e depois de alguns telefonemas para a matriz em Punta Arenas, tudo foi resolvido. Da locadora seguimos para a oficina deles para pegar o pneu sobressalente de um outro carro, tomara que quem alugue aquele carro, não faça como nós e olhe o estepe, não só verificando se está lá, mais se está em condições de uso. Aproveitamos para almoçar e abastecer o carro e voltamos para Torres del Paine.
Mirador Condor
De volta a Torres del Paine, Eu e o Valdir resolvemos fazer a trilha do Mirador Condor para não perder o dia inteiro, nossas esposas preferiram ficar na Cabana. 
O Mirador Cóndor fica no alto de uma colina, é acessível por uma trilha de dificuldade moderada que parte da área de Alto Pehoé. A caminhada é curta, mas íngreme, recompensando os visitantes com vistas de 360° do parque, incluindo o Lago Pehoé, o Campo de Gelo Patagônico Sul e a Sierra Baguales. No inicio da subida podemos ver dezenas de árvores queimada em decorrência do último incêndio no Parque. Pouco antes do cume a trilha passa entre dois paredões causando um afunilamento natural do vento. Há inclusive uma placa com advertindo as pessoas para a força do vento.



Mirador Cóndor
Dia 8 – Último em Torres del Paine e Puerto Natales
Deixamos nossa Cabana, já com as malas no carro, para o nosso último dia no Parque e depois seguir para Puerto Natales.
Seguimos pela Y-150 até o Salto Grande e Mirante do Lago Nordenskjöld e depois a Y-156 até a Laguna Amarga em seguida a Y-160 até a Laguna Azul de onde tem-se uma bela vista das três Torres. Um prêmio de consolação para quem queria fazer a trilha até a sua base.
Salto Grande
O Salto Grande é outra atração natural impressionantes e acessíveis do parque. Trata-se de uma poderosa cachoeira que conecta as águas do Lago Nordenskjöld ao Lago Pehoé, canalizando a força do degelo das montanhas em uma queda d’água turbulenta e majestosa. Parada obrigatória tanto para quem faz passeios curtos quanto para os aventureiros que exploram o parque a fundo, ele proporciona uma experiência intensa com a natureza da Patagônia chilena.
Quem quiser pode seguir por 1 hora por uma trilha fácil até o Mirador Cuernos, com vistas ainda mais amplas do lago Nordenskjöld e das montanhas em volta.
Mirador Nordenskjöld
O Mirador Nordenskjöld, localizado no Parque Nacional Torres del Paine, no sul do Chile, é um dos pontos panorâmicos mais acessíveis e impressionantes da região. Ele oferece uma vista privilegiada para o Lago Nordenskjöld, um lago de cor turquesa vibrante que contrasta com as dramáticas formações montanhosas ao fundo, especialmente as icônicas formações rochosas dos Cuernos del Paine.
O mirante fica próximo à Y-150 que cruza o parque, entre a Portería Laguna Amarga e o setor Pudeto, o que o torna ideal para quem não deseja ou não pode fazer trilhas longas. Uma curiosidade é que o lago e o mirante têm o nome do explorador e geógrafo sueco Otto Nordenskjöld, que realizou importantes expedições pela Patagônia no início do século XX.




Laguna Azul
A Laguna Azul é um dos segredos mais encantadores do Parque Nacional Torres del Paine. Localizada na parte nordeste do parque, essa bela laguna de águas azul-turquesa oferece uma das melhores e mais fotogênicas vistas frontais das Torres del Paine, com a vantagem de ser acessível de carro, sem necessidade de trilhas longas. Infelizmente para nós, apesar do dia claro, havia uma grande nuvem cobrindo as partes alta das torres. Não era para ver as torres nessa viagem.
Puerto Natales
Um pouco desapontados, seguimos pela Y-150 até o entroncamento com a ruta 9 em Villa Cerro Castilho e de lá mais 60km até Puerto Natales. 
É uma cidade pequena em tamanho, mas grandiosa em significado. Situada às margens do fiorde Última Esperanza e cercada por montanhas, geleiras e estepes, a cidade é reconhecida como a principal porta de entrada para o Parque Nacional Torres del Paine, um dos destinos naturais mais famosos do mundo. 
A cidade e seus arredores proporcionam experiências que vão desde passeios culturais e gastronomia local até explorações naturais em fiordes, cavernas e trilhas. Aqui estão algumas das principais coisas para fazer em Puerto Natales:
- Passeio pelo Calçadão à beira do Fiorde Última Esperanza, ao longo do calçadão, é possível   avistar aves como cisnes-de-pescoço-preto, flamingos e até lobos-marinhos. Também na orla pode-se apreciar uma escultura chamada “Monumento al Viento” que representa a força dos ventos patagônicos, que moldam a paisagem e a vida em Puerto Natales. Próximo dali o sempre presente letreiro com o nome “Puerto Natales”.
 - Navegação até os Glaciares Balmaceda e Serrano é um dos passeios mais populares, saindo do porto local. Inclui uma navegação pelo fiorde Última Esperanza, com vistas incríveis de montanhas e cachoeiras. Não fizemos por falta de tempo.
 - Explorar o centro da cidade e sua vida cultural e Gastronômica, experimente pratos típicos como o cordero al palo (cordeiro assado), centolla (caranguejo-rei) e merluza austral.
 
Dia 9 – Puerto Natales – Punta Arenas – Hora de voltar para casa
Dormimos em Puerto Natales e na manhã seguinte iniciamos o retorno até o aeroporto de  Punta Arena para iniciar o retorno ao Rio de Janeiro. 
Considerações Finais:
Ficou a sensação que poderíamos ter aproveitado mais. O problema do carro acabou tirando a chance de fazermos a trilha até a base das torres que levaria o dia inteiro. Acabamos por optar em conhecer outro lugares dentro do parque. Entretanto como pretendo voltar para fazer o circuito W terei outra oportunidade.
Dicas Práticas:
- Como Chegar: Punta Arenas possui um aeroporto que recebe voos de várias cidades do Chile. Você também pode optar por chegar de ônibus ou carro, apreciando a paisagem ao longo do caminho.
 - Melhor Época para Visitar: A melhor época para visitar Punta Arenas é durante a primavera e o verão (de outubro a março), quando as temperaturas são mais amenas e os dias mais longos. Nós fomos no final de março e tivemos dias ótimos.
 - O que Levar: Roupas em camadas são essenciais, já que o clima pode mudar rapidamente. Não esqueça de um bom par de tênis para as trilhas e uma câmera para capturar as paisagens deslumbrantes!
 - Clima: O clima na região é imprevisível, com ventos fortes e mudanças rápidas. Esteja preparado para condições variadas .
 - Ingressos: Compre os ingressos para o parque com antecedência, especialmente na alta temporada (dezembro a março).
 - Transporte Interno: Dentro do parque, as distâncias são grandes. Considere contratar excursões ou utilizar os serviços de transporte oferecidos pelos hotéis. Uma ótima opção é alugar um carro. Não faça como nós, verifique o pneu estepe do carro alugado para evitar imprevistos.
 - Dinheiro: Quase não usamos, tudo pode ser pago com cartão, inclusive dentro do parque. Utilizamos o Cartão WISE, mas outros cartões também são aceitos.
 - Onde ficar: Tanto em Punta Arenas quanto em Puerto Natales ficamos em Airbnb, somenta em Torres del Paine e que optamos pelas Cabanas.
 







































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