Rafting – Ribeirão das Lages RJ
Corredeiras de classe III e III+
Ribeirão das Lages
Saímos cedo de casa em direção à Ponte Coberta, Distrito do Município de Paracambi – RJ, distante do Rio de Janeiro cerca de 80 Km. O rio escolhido para o rafting foi o Ribeirão das Lages com corredeiras de classe III e III+. Cerca de uma hora depois chegávamos á base de apoio da Tuareg rafting e expedições, a Fazenda Terra Verde. Fomos recebidos pelo Fabrício que nos levou até à recepção onde preenchemos e assinamos os termos de responsabilidade, em seguida seguimos para os vestiários para trocar de roupa e receber os equipamentos de segurança necessários.
Seguimos para o início da descida do rio num caminhão em cuja carroceria existiam bancos para o transporte das pessoas, que mais parecia um pau-de-arara. No reboque, seguia os quatro botes e três caiaques, que seriam usados pelo pessoal de resgate. No local de início da descida, enquanto o pessoal de apoio preparava o bote, o Fabrício nos deu instruções sobre o uso do equipamento de segurança e também sobre as características do rio. Ficamos sabendo que estava barrento, mas com um bom volume de água, o que tornaria a descida mais segura.
Iríamos percorrer 12km, passando por sete corredeiras em cerca de 2 horas de rafting. O pessoal foi dividido pelos quatro botes: Camila, Juliana, Rafael, Flavia, Thiago, Gabriel, Diego e Vinícius seguiriam no bote azul com o Marcelo como guia; Eu, Valdir e Rafael e mais cinco pessoas de outro grupo seguiríamos no bote vermelho tendo o Scooby como guia. Já na água, o Scooby nos orientou quando aos comandos de remada, informações básicas e necessárias para queconseguíssemos remar o bote corretamente. Também aprendemos à posição correta que deveríamos ficar na água caso caíssemos, e como voltar para o bote novamente. No caso de que alguém venha a se distanciar do bote depois de uma queda na água, os caiaques estariam prontos para fazer o resgate.
Começa a aventura
Logo no início da descida encaramos a corredeira da ponte, uma seqüência de ondulações que jogava água pra todo lado, refrescando o pessoal do bote. A seguir passamos por um pequeno trecho de remada para direcionar o bote para o meio do rio, e então passamos a ser levados pela correnteza, apreciando a bela paisagem ao redor. Um pouco mais adiante, o Scooby avisou que iria virar o bote para simular uma situação real que poderia acontecer na próxima corredeira. Ele pediu para as pessoas passassem para um dos lados do bote, e com o auxilio de uma fita presa no lado oposto, o tombou, e todos caímos na água. Parece fácil, mas embarcar no bote novamente não é moleza, requer um pouco de força e técnica, mas todos conseguiram. A próxima corredeira, a Coroado, era a mais perigosa. Iríamos passar por um desnível de mais de 2 metros e com grande turbulência. Os quatro botes estavam próximos à margem aguardando o sinal para seguir. O nosso seria o segundo, e o dos meninos no bote azul iria em seguida. O Scooby avisou que precisaríamos remar com bastante força e sem parar, caso contrário a força da água poderia virar o barco. Sinal dado, partimos em direção a fera, todos remando forte e com a adrenalina lá no alto. Ao entrar na corredeira o bote foi jogado varias vezes para os lados e para o alto, mas tão alto que não conseguíamos remar, já que os remos não alcançavam o leito do rio. A água entrava por todos os lados encharcando as pessoas e tapando a visão, tinha a sensação que cairia a qualquer momento, mesmo fazendo força com o pé para mantê-lo preso ao prendedor de segurança no fundo do bote. Passamos pela corredeira, um misto de alívio e satisfação tomou conta de todos, e ainda com a adrenalina lá no alto levantamos os remos e entoamos nosso grito de guerra: CARRAAAANCA!!! O nosso barco seguiu para a margem do rio para esperar os outros, o azul dos meninos era o próximo. Só então percebemos como era forte a corredeira, o bote deles foi jogado para cima e quando caia na água afundava a ponto de desaparecer entre as ondas. Depois de passarmos por mais uma corredeira, atracamos para descansar as margens do rio num local conhecido como prainha do seu Ivo.
Depois de um bom bate papo e algumas fotografias, seguimos adiante. A próxima atração era o surf na corredeira, onde depois de passar por ela, remava-se contra a correnteza em direção a queda da água fazendo com o bote “surfar” literalmente, muito legal. Depois de passamos por uma outra corredeira de intensidade menor que as anteriores, ancoramos mais uma vez para flutuar na correnteza. A brincadeira consistia em entrar no rio nadando e depois flutuar levado pela correnteza, um pouco abaixo o pessoal às margens do rio jogava bóias amarradas em corda para fazer o resgate. O Gabriel foi o único que passou direto (acho que de propósito!) e foi resgatado pelo pessoal de apoio.
A última brincadeira foi uma corrida entre os botes participantes. Chegamos em segundo, mas com a desclassificação do bote que chegou primeiro, por ter seguido outra rota, fomos declarados “campeões”. Umas remadas mais à frente e chegamos ao fim do passeio. O caminhão já estava aguardando para nos levar de volta a Fazenda Terra Verde onde almoçaríamos e aproveitaríamos o resto do dia na água, da piscina. Valeu!
2 Comentários
Clara, boa noite.
Em primeiro lugar gostaria de pedir desculpas por não responder. Viajei de moto no final de setembro para o Peru e só retornei em novembro e acabei não vendo sua pergunta. É exatamente isso, foi antes da represa.
esta descida ,provavelmente foi antes da represa,voces desciam até japeri? passavam pelo poço do carneiro depois da ponte da estrada para paracambi?