Chapada2
O pôr do sol no Jardim de Maytrea.

A Chapada dos Veadeiros é uma região que abriga mais de 90% de todo o Cerrado de Altitude do mundo e fica situada no nordeste do estado de Goiás que abriga o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, reconhecido como Patrimônio Natural Mundial pela UNESCO e a Área de Proteção Ambiental de Pouso Alto onde se localiza o ponto mais alto do planalto central com 1676 metros de altitude. A chapada é um importante divisor e berço de águas, pois às nascentes dos rios Preto, Maranhão e Paranã, formadores do Rio Tocantins drenam em direção ao norte, onde deságuam no Rio Amazonas.

A nossa aventura começou em Brasília onde reencontramos nosso amigo Fernando, que não víamos desde o Jalapão. Fomos recepcionados pelo Marcio, da Transchapada, daqui pra frente nosso guia durante toda nossa estadia na chapada. Conhecemos o Odin e a Margarete, simpático casal de São Jose dos Campos que estaria conosco em algumas trilhas.

Seguimos por aproximadamente 250Km pela Rodovia GO-118 até Alto Paraíso, a cidade está situada a 1300m de altitude e é porta de entrada da Chapada dos Veadeiros, sede de várias ONGs que estudam desde a preservação do Cerrado até OVNIs e seres de outros planetas. A rotina é tranquila com poucas pessoas na rua, alguns comércios abertos na avenida principal e pouquíssimos carros. No fim de semana o movimento aumenta um pouco com a chegada de pessoas de Brasília que são os principais visitantes.

1º Dia: Vale da Lua / Salto do Raizama / Morada do Sol

O Márcio nos pegou as 09h00min para o nosso primeiro dia na Chapada. Seguimos em direção ao vilarejo de São Jorge, que fica a 36 km de Alto Paraíso, sendo 23 de asfalto e 13 de terra batida, e neste percurso visualizamos da janela do carro no horizonte o fantástico Jardim de Maytrea, com seus campos floridos e veredas, onde a natureza plantou buritis e indaiás com o morro da Baleia e do Buracão ao fundo. Realizamos a primeira parada para fotos ao observamos dois casais de araras “namorando” nos ninhos construídos nos topos dos troncos de buritis.

Deixamos o asfalto, entramos numa estrada de terra e paramos numa propriedade particular, onde percorremos uma pequena trilha para o Vale da Lua de aproximadamente 1200m no total, depois passamos por um pequeno trecho de mata até chegarmos ao rio São Miguel, onde exploramos todo seu leito, conhecermos suas impressionantes e exóticas formações rochosas talhadas há milhões de anos pela força das águas do rio. Apesar da água gelada tomamos um gostoso banho em uma de suas piscinas. O lugar é realmente diferente e um dos principais cartões-postais da Chapada.

Partimos para a Morada do Sol, e após o estacionamento localizado na entrada da propriedade, pegamos uma trilha de no máximo meia hora até o rio. Primeiro chegamos a uma piscina natural formada também pelo rio São Miguel, rodeada por lajes de pedras polidas pelas águas, possuindo ao fundo uma pequena cachoeira com belas quedas, proporcionando uma gostosa hidromassagem. Saindo da Morada do sol pela mesma trilha pegamos o caminho para o Vale das Andorinhas, que nada mais é do que a continuação do rio, aproximadamente 500 metros à frente costeando o rio pelos cânions onde se deve ter um pouco mais de cautela devido à trilha ser bem acidentada e escorregadia, pois a nossa amiga Margareth quase sofre um grave acidente no local. Ao chegar ao final da trilha um visual maravilhoso do rio que desce com força total pelos cânions formando belas quedas de água.

Próxima parada, Sítio Raizama. Caminhamos cerca de 20 min por campos floridos, cheios de sombreiros, flor do cerrado e chuveirinhos e no final, descemos uma trilha íngreme para chegar numa pequena cachoeira do Córrego Raizama, uma boa opção de banhos para todas as idades, chamada “hidromassagem”, tiramos algumas fotos e seguimos caminho descendo pelo cânion formado pelo rio que pouco adiante chega ao Salto Raizama, despencando de uma altura de 40 metros no rio São Miguel. Aí a gente seguiu por uma trilha com engenharia peculiar escavada na rocha ao longo do rio que permite um belo visual do Cânion do rio São Miguel. É engraçado como o rio nesse trecho é tão diferente do Vale da Lua, que fica a poucos quilômetros dali. Descemos até um ponto onde o rio passa quase escondido pelas rochas escavadas e tomamos o caminho de volta para sair do cânion, a trilha é curta, porém íngreme, mas depois fica mais suave quando a gente atravessa o campo de volta à entrada do sítio. Como queríamos assistir o pôr do sol no Jardim de Maytrea, saímos apressados do local, e o astro-rei não nos decepcionou, brindando a gente com uma variedade de alternativa para belíssimas fotos, um verdadeiro espetáculo da natureza. Total aproximado das caminhadas do dia: 6 km.

2º Dia: Parque Nacional: Saltos do Rio Preto

Salto I do Rio Preto
 Salto I do Rio Preto
Cachoeira das Cariocas.
Cachoeira Almécegas I.
Rio dos Couros.

Após o café da manhã, todo grupo saiu para a primeira trilha efetivamente dentro do Parque Nacional, seguimos pela Estrada Parque GO239 até o charmoso vilarejo de São Jorge, porta de entrada para visitação ao parque. Quando chegamos ao vilarejo, tivemos a impressão de estarmos totalmente isolados do mundo, um pedacinho perdido na imensidão do cerrado. Com apenas 16 ruas São Jorge foi criada na época do garimpo, pois a Vila antes vivia a base da extração do cristal de quartzo, porém com a proibição do garimpo na região, muitos garimpeiros não tiveram outra alternativa, a não ser a de guia de ecoturismo.

Na portaria do parque após os tramites legais para entrada, iniciamos nossa caminhada precisamente as 09:40h sob um sol escaldante, gente como o astro-rei maltrata nosso pobre esqueleto neste paraíso, praticamente toda trilha é coberta por pedaços de cristais de quartzo, o que faz elevar ainda mais a temperatura, então para compensar esse calor não esqueça o boné, protetor solar e água, muita água. Hehehehehe.

A trilha mostra diversas formas de cerrado de altitude, entre campos rupestres e matas de galeria e no início apresenta pequenos trechos de sobe e desce, depois um longo trecho plano e no fim uma boa descida até chegar ao mirante do Vale do Rio Preto. O visual do mirante é muito bonito, com o Rio Preto recortando a mata lá embaixo e descendo entre cânions, muitas fotos foram tiradas ali. Seguimos mais um pouquinho e nos deparamos com um dos principais cartões postais da Chapada, os Saltos do Rio Preto, as mais impressionantes quedas da chapada, realmente um cenário de tirar o fôlego, um momento de rara beleza com as águas do rio despencando de paredões através de dois saltos. O salto1 com 120 metros abriga um belo mirante, enquanto o Salto2 com 80m forma a maior piscina natural da região, com 300 metros de diâmetro, onde nos deliciamos com um refrescante banho. Lanchamos ali mesmo e na volta da trilha, ainda debaixo de um sol intenso, passamos nas hidromassagens naturais das Pedreiras, formadas pelo Rio Preto para recompor as energias através de reconfortante banho e gostosas hidromassagens proporcionadas pela corredeira do rio. Logo a seguir retornamos a porta de entrada do parque. Na volta à pousada passamos antes em um local, denominado por nós como Paraíso do PSDB, devido a grande concentração de tucanos, galera como tem tucano nesse lugar, que voam para aqueles arvoredos ao entardecer para passar a noite. Lógico, ficamos extasiados e dezenas de fotografias para nosso delírio foram tiradas. Total aproximado das caminhadas do dia: 10 km.

3º Dia: Parque Nacional: Canyons e Cariocas

Saímos de Alto Paraíso em direção a São Jorge com o tempo totalmente encoberto, pensamos certamente que iríamos pegar chuva e frio na trilha, então levamos roupas para o frio e anorak, puro engano, na metade da estrada sol de rachar. Trilhamos novamente no Parque Nacional agora em direção aos cânions cortados pelo Rio Preto, desta vez sem o Odin e a Margarete que preferiram subir o Morro da Baleia. Caminhamos basicamente em terreno plano durante bom tempo conhecendo melhor a flora do Cerrado, com campos cheios de canelas de ema, chuveirinho e muitas outras flores e as interessantes formações geológicas. No caminho atravessamos riachos com águas totalmente límpidas através de pequenas pontes até chegarmos ao nosso primeiro destino, o cânion2. Não pudemos conhecer o cânion1, pois segundo o nosso guia Marcio está proibido à visitação em razão de existirem no mesmo, ninhos do pato mergulhão, animal que consta na lista de extinção do IBAMA. Este pato especializou-se em utilizar sua visão para caçar presas vivas com um longo bico serrilhado em extensos mergulhos. Para isso, necessitam de águas límpidas e transparentes.

O canion 2 é lindo, subimos algumas pedras até chegarmos na parte superior de onde observamos na direção da cabeceira do rio o belo visual de suas águas correndo para o cânion e olhando no outro sentido um grande volume de água atravessando caudalosamente o estreito cânion e formando uma piscina natural. Ficamos encantados com o lugar e imaginando como seria na época das chuvas quando todos os rios ficam muito mais cheios. Descemos em direção ao lago para tomamos banho naquela água transparente, curtimos a beleza impar do lugar, lanchamos e seguimos para a Cachoeira das Cariocas, outro lugar de rara beleza formado também pelo Rio Preto. A caminhada até a Cachoeira das Cariocas, também chamada Carioquinhas, tem no final da trilha uma descida íngreme que exige concentração e cuidado. A Cachoeira agrega uma grande e bela piscina, sendo considerada por muitos, a mais gostosa cachoeira do Parque. É um lugar perfeito para quem gosta de ficar ao sol, de nadar em águas profundas e se encantar com belas paisagens. Tomamos um refrescante banho nas várias quedas formadas pela Cachoeira e aproveitamos os vários locais de hidromassagem para relaxar um pouco, pois ninguém é de ferro. Total aproximado das caminhadas do dia: 10 km. ###4º Dia: Almécegas I e II/ Portal da Chapada Pela manhã, toda trupe, excetuando novamente Odin e a Margarete, saiu em direção a São Jorge e a cerca de 8km da estrada entramos na Fazenda São Bento onde ficam duas belas cachoeiras formadas pelo Rio Almécegas. Carro estacionado, pé na trilha em direção a Cachoeira Almécegas I, uma pequena subida no início e depois parte plana e logo chegamos a um mirante, de onde se tem uma visão encantadora da cachoeira despencando do alto de um paredão de 50 metros e caindo num cânion, formando uma bela piscina natural para um bom banho. Levamos aproximadamente meia hora de caminhada até este ponto. Tiramos fotografias e encaramos uma descida bem acentuada e escorregadia até a piscina. A água estava muito gelada e ninguém teve o atrevimento de entrar na água, principalmente o Fernando, vai ter medo de água assim lá em Sampa, meu. Exploramos e curtimos o local por alguns minutos e resolvemos encarar novamente a trilha, só que agora subindo, o Véião Armando bufava a minha frente, kkkkkk. Seguimos por uma trilha alternativa e alcançamos a parte de cima da cachoeira, de onde se tem um ângulo diferente e por onde caem às águas, uma fascinante visão de todo conjunto. Fomos ao local onde é realizado rapel, pena que neste dia não tinha a atividade devido ao pouco número de participante, fica pra próxima. Após algumas fotos seguimos para a Cachoeira Almécegas 2, uma trilha realizada totalmente no plano, bem fácil. A cachoeira é formada de uma série de degraus de pedra e em um ponto a queda d’água forma uma hidromassagem. Mesmo com a água gelada quase todo grupo tomou um gratificante banho, pois o nosso amigo sol não dava trégua. Lanchamos na cachoeira e apressadamente seguimos para outro ponto da fazenda onde realizamos uma aventura com muita adrenalina, o Voo do Gavião. É uma das maiores tirolesas do Brasil e o desafio consiste em deslizar 850m, tendo uma privilegiada visão panorâmica de todo vale, sob dois cabos de aço paralelos, tencionados entre a Serra Almécegas com 1265m de altitude e o morro do Mirante da Fazenda São Bento com 1210m de altitude. Pagamos a aventura, colocamos todos os equipamentos necessários para total segurança e seguimos para o local da descida. O primeiro a descer foi o Fernando, em seguida eu e por último o Herbert. O Véião não participou, disse que ia ficar filmando, acho que tremeu na base mesmo. Hehehehe. Gente vale muito participar desta aventura, é simplesmente sensacional.

Posteriormente fomos para outra fazenda, a Portal da Chapada onde contemplamos parte da rica flora do Cerrado com identificação, caminhando 2400m sobre sua trilha de madeira suspensa construída dentro de uma mata de galeria. No final da trilha, um agradável banho na maravilhosa piscina natural da Cachoeira São Bento formada pelo Rio dos Couros, onde é disputado anualmente campeonatos de polo aquático. Retornamos a Pousada e à noite saímos para mais uma almojanta e pudemos observar melhor o céu de Alto Paraíso com milhares de estrelas a salpicar o azul do firmamento, que juntamente com uma super lua cheia nos deixaram boquiabertos. Um colírio para os nossos olhos. Total aproximado das caminhadas do dia: 6 km. ###5º Dia: Cataratas do Rio dos Couros Último dia de aventura, no nosso roteiro original constava visita ao Poço Encantado e Cachoeira Água Fria. O nosso guia no dia anterior teve a percepção de que gostaríamos ter como despedida uma atividade com mais adrenalina, então sugeriu a Cataratas dos Couros, o que foi aceito prontamente por todos. Pela primeira vez todo grupo saiu do eixo Alto Paraíso/São Jorge, e partimos em direção a Brasília, e depois de percorrer 20 km em 30 minutos deixamos o asfalto para realizar durante aproximadamente 01:30h um autentico off Road de cerca de 30 km por uma estrada de terra pelo alto da Serra de São Vicente até o local onde o Márcio estacionou o carro. No percurso observamos a flora e a fauna do Cerrado e um belo visual das montanhas que nos acompanhavam de longe, nos transmitindo uma energia extra e muita paz interior.

Depois caminhamos aproximadamente 1 km por uma trilha plana, tirando muitas fotos das flores do Cerrado, ficamos impressionados com a quantidade e a beleza das flores até o início das quedas. Praticamente não andávamos mais que 10 minutos sem parar para fotografá-las, não bastando às flores, havia uma enorme variedade de cores de liquens nas pedras. Na primeira queda, a Cachoeira da Muralha, a água desce em vários pontos de um enorme paredão de pedra, mais parecendo uma muralha, formando três poços e uma pequena ilha logo abaixo. Não paramos nela, pois o sol que nos castigava estava bem a sua frente, impossibilitando boas fotos. Seguimos sempre margeando o rio dos Couros, sendo que a dificuldade ia sempre aumentando no caminho. Uma infinidade de corredeiras e maravilhosos poços de tamanhos e profundidades diferentes com águas cristalinas apresentavam-se a nossa frente a todo instante, nos convidando para um refrescante banho em cada um deles.

Passamos pela Cachoeira da Franja que somente o Márcio, Eu e Herbert descemos na volta para conhecê-la, muita linda também. A trilha termina próximo a Cachoeira do Bujão, onde paramos para tomar banho num remanso e lanchar. Ainda mais abaixo, descendo pelas pedras, o Márcio e o Herbert chegaram a um mirante para ver as quedas das Cachoeiras do Bujão e do Parafuso, sendo esta última a maior queda do Rio dos Couros, com água despencando do penhasco em direção ao fundo do cânion gigante. A trilha termina por ali e não é possível chegar à base dessa cachoeira. Retornamos a trilha, paramos na Cachoeira da Muralha para o último banho nas cachoeiras da Chapada dos Veadeiros. Apenas uma curiosidade, a Cataratas dos Couros é formada por uma sequencia de quatro grandes cachoeiras e possui esse nome em virtude dos caçadores de veados campeiros utilizarem o rio para a limpeza do couro de suas caças. Seguimos até onde estava o carro e voltamos para a pousada. Arrumamos a bagagem e saímos para jantar nessa que seria nossa última noite em Alto Paraíso pois na manhã seguinte iniciaríamos a nossa viagem de retorno. Total aproximado das caminhadas do dia: 6 km. ###Considerações Finais Tínhamos uma grande curiosidade em conhecer a Chapadas dos Veadeiros em Alto Paraíso, pois reunia todos os requisitos, ou seja, lugares de rara beleza, misticismo e principalmente aventuras e estava na nossa lista de viagens inesquecíveis. Com esse pensamento na bagagem embarcamos para o Cerrado e acertamos a escolha em cheio na mosca, ou melhor, na flora, na fauna, nos passeios, em tudo enfim. Como descrever em palavras a beleza desse lugar indescritível, não existe palavras, só mesmo estando presente. Ficamos encantados pela natureza da região, que guarda mais que beleza em seus chapadões, cânions, serras, vales, cachoeiras, vida animal e vegetação. Guarda magia, luz, paz e muita energia. Percebemos a mistura de várias “tribos”, formadas por místicos e esotéricos, em busca de uma vida alternativa, além é claro de ecologistas e aventureiros, todos buscando uma sintonia com a natureza e fazendo desse local uma cidade única, mágica e muito especial. Ali apenas o cantar e o tilintar dos pássaros em revoadas constantes, o brilho das estrelas, além do som das cachoeiras “incomodaram” demais, hehehehe. Ah, que saudade das paisagens inesquecíveis do cerrado, das veredas cheias de buritis, dos campos de flores e rupestres, das matas ciliares e de galeria, do cheiro do mato, da flora que encanta com suas espécies exóticas e coloridas, da diversificada fauna, do pó da estrada, de um céu único para apreciar o nascer e o por do sol, a lua e as estrelas, além da alegria de estar com amigos naquele lugar especial. Ah, quanta vida visível e invisível se esconde naquelas formações rochosas, formada por quartzitos com afloramentos de cristal de rocha. Galera andar pelo cerrado é um dos maiores e mais completos prazeres do homem em sua relação com o meio ambiente e se o local ainda oferecer belíssimas atrações, podemos dizer que ele se aproxima da visão do paraíso. Gostaríamos de agradecer ao nosso guia Márcio, pela paciência e educação que teve e pelo conhecimento de todas as coisas relativas ao cerrado que foram passadas ao grupo. Agradecimentos também ao pessoal da Pousada Recanto da Grande Paz pela dedicação e presteza em todos os momentos de nossa estadia. Temos consciência que ainda há muito mais para conhecer por lá, por isso um retorno não está fora dos nossos planos. Amei cada momento vivido nesta aventura, um dia volto lá Chapada dos Veadeiros, um dia eu volto ao paraíso, ou melhor, ao Alto paraíso.

Texto: Valdir Neves

Fotos

Vale da lua.
Vale da lua.
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####Aves do Cerrado

Siriema

####Flores do Cerrado

Dicas

Como Chegar

A porta de entrada para a Chapada dos Veadeiros e a Cidade de Alto Paraíso, que fica a aproximadamente 250km de Brasília. Existem ônibus que partem da Rodoviária de Brasília para Alto Paraíso.

Carro

Saída de Brasília pela BR 020, em direção a Formosa GO. Após passar Sobradinho e Planaltina GO, no trevo siga à esquerda pela GO 118 passando por São Gabriel, São João D`Aliança e finalmente Alto Paraíso. Para chegar ao Parque Nacional siga a GO 327 (estrada de terra) em direção a Colinas do Sul, entre na Vila São Jorge (Km 38).

De Avião

Do Aeroporto Internacional de Brasília até a Chapada dos Veadeiros, em Ônibus, Van ou carro. Não esqueça de solicitar o serviço de translado em sua Agência de Turismo ou nas operadoras de receptivo de Alto Paraíso de Goiás, Chapada dos Veadeiros.

Quem Leva

Depois de uma boa pesquisa na internet escolhemos a operadora Transchapada Ecotourspara conhecer a Chapada, e não ficamos arrependidos, pontuais, atenciosos, sempre pronto a atender todas as nossas necessidades, e tudo isso sob o comando da simpática Elaine. Existem roteiros com vários níveis de intensidade e para todas as idades. O que escolhemos foi o Cartões postais da Chapada com duração de sete dia. Se preferir a contratação de um guia freelancer sugerimos o Marcio Nascimento, conhecedor profundo dos encantos da Chapada, atencioso e pontual. marcio.guia@hotmail.com 61-8442-4081 / 62-3446-1345 E lembre-se, por mais aventureiro que você seja, não faça as trilhas sem a ajuda de um guia credenciado

Quando ir

A melhor época para visitar a Chapada é de maio a setembro onde o clima é mais ameno, não chove tanto e a vegetação fica mais exuberante. De outubro a abril é um período de chuvas torrenciais. ###Não deixe de ir Para quem gosta de emoções fortes não deixe de conhecer o circuito de aventura:

  • Arvorismo: 10 desafios em 180m de percurso sobre as árvores.
  • Rapel: Sensacional rapel de 45m pela cachoeira Almocégas I.
  • Tirolesa: “Voo do gavião”, voo de 850m a 90m de altura. www.travessia.tur.br

Onde comer

Em São Jorge

  • Restaurante Buritis – Buffet de massas, salada e grelhados. Ambiente rústico, cerveja gelada, ótimas cachaças, e o atendimento luxuoso do proprietário Messias.
  • Sem Fronteiras Restaurante, simples, pequeno, limpo, mas a comida meu Deus do céu é inesquecível.
  • Restaurante da Nenzinha, a quilo.

Em Alto Paraíso:

  • Jatô – self service e fica aberto até mais tarde, uma boa pedida pra que vem esfomeado das caminhadas.
  • Restaurante Avalon Telefone: 62 3446 1046 até 15:00 horas à quilo.
  • Tapiocaria– Na Praça de Alto Paraíso – caldos, tapioca e cuscus de carne seca.
  • Oca Lila – culinária vegetariana e pizzaria.
  • Pizzaria Cantinho das delicias – falar com Genézio
  • Restaurante Tampindaré – almoço e janta à quilo.

Onde Ficar

Existem uma infinidade de Camping e Pousadas, optamos pela Pousada Recanto da Grande Paz com aptos e chalés, bem pertinho do centro de Alto Paraíso, com excelente café da manhã e um atendimento de primeira do Genézio.

Outras Dicas

Saber o que levar para a Chapada é muito importante. Abaixo a nossa sugestão:

  • Roupa de banho, shorts e maiô
  • Tênis ou bota confortável para as caminhadas, com sola de borracha;
  • Toalha pequena de rosto;
  • Protetor solar;
  • Boné ou chapéu;
  • Óculos de sol;
  • Repelente contra insetos;
  • Mochila pequena e impermeável;
  • Medicamentos regulares;
  • Máquina fotográfica;
  • Cantil;
  • Abrigo de moletom, a noite esfria um pouco.;
  • Roupa com tecidos leves, para a caminhada e trekking;
  • Para alérgicos levar camisetas de manga comprida.
  • Dez dias antes de viajar, é acoselhável tomar vacina contra febre amarela.
  • Bancos em Alto Paraíso, BB e Itaú, lotérica (caixa) e correio (bradesco), em Cavalcante, BB, lotérica (caixa) e correio (bradesco), Em São Jorge não há bancos.
  • Cartões de crédito e débito, são pouco aceitos com exceção de alguns estabelecimentos. O melhor é ter dinheiro vivo.
  • Telefonia celular em Alto Paraíso e São Jorge, conta com todas as operadoras do Centro Oeste, com cobertura muito boa, inclusive nas trilhas. O DDD é 62