O que fazer em Fernando de Noronha
Roteiro básico de cinco dias
Fernando de Noronha
Dentro do padrão de confiança que o nosso leitor merece, informamos que este post foi resultado de uma viagem a Fernando de Noronha em setembro de 2011. No entanto, ele foi totalmente refeito dentro do novo padrão do blog e todas as informações e dicas contidas nele foram atualizadas.
Depois de quase uma semana curtindo uma linda aventura no coração do Brasil, mais precisamente no fantástico Deserto do Jalapão no Estado do Tocantins, Fomos encontrar nossos familiares e amigos no Aeroporto de Recife, para mais uma aventura, agora, em Fernando de Noronha.
Este paraíso possui 16 praias onde a transparência de suas águas chegam a 40 metros, sendo considerado um dos pontos turísticos mais bonitos e bem conservados do País, atraindo mergulhadores e amantes da natureza de todas as partes do Brasil e do mundo. Este patrimônio natural abriga uma fauna com golfinhos, tartarugas marinhas, peixes e diversos pássaros em meio à vegetação que combina mangue e caatinga. Normas rígidas regem os passeios e limitam a visitação a Ilha, como a dificuldade de acesso e a cobrança de taxa ambiental diária muito cara com único objetivo de preservar a vida marinha deste paraíso.
O turismo é desenvolvido de forma consciente, interagindo plenamente o homem com a natureza sempre levando em conta a preservação do meio-ambiente. Para conhecer Fernando de Noronha é preciso no mínimo cinco dias, dados os inúmeros atrativos naturais e a experiência de viver um pouco da história da colonização brasileira. São inúmeras as opções de atividades e passeios que atendem a todo público e oferecem ao turista a chance de ver belezas naturais inigualáveis, proporcionando uma lição de vida a todos os visitantes.
1º Dia: Conhecendo a Ilha – Ilhatour
As 8:00h uma camionete 4×4 e um buggy nos pegou para realizar um autêntico off-road durante todo dia pela ilha, o passeio Ilha-tur, onde o turista terá um panorama geral das principais praias, piscinas naturais e belos mirantes do arquipélago. Durante o trajeto o turista conhecerá um pouco da fauna e flora existente na ilha e fará várias paradas para banho de mar e mergulho livre. Boa parte do roteiro é realizado à pé, através de pequenas caminhadas por trilhas e praias e termina com o pôr-do-sol no mirante do Forte São Pedro do Boldró.
Primeiro seguimos em direção a Baía do Sancho, e para chegar lá fizemos uma pequena trilha. Gente é impossível descrever aquele cenário que se deslumbra do mirante, parece aquelas cenas do filme piratas do Caribe, com um mar de águas verdes degradê totalmente cristalinas, uma visão de rara beleza, simplesmente indescritível. Muitas fotos tiradas e sob aquele sol escaldante a vontade que dava era descer logo aquele penhasco e mergulhar em suas águas. Ficamos só na vontade, pois o guia nos falou que era só o início, e muitas surpresas viriam durante o dia, caminhamos na parte alta da falésia para a Baía dos Porcos e me enganei totalmente pensando ter sido a Baía do Sancho a coisa mais linda do mundo que alguém poderia avistar, a Baía dos Porcos é mais linda ainda, com os Morros Dois Irmãos dando um toque divinal ao lugar. Fotografia em todas direções e ângulos.
Voltamos pela mesma trilha e observamos próximo a um penhasco diversos ninhos de atobás e de pequenos pássaros brancos, conhecidos como noivinha e pretos(viuvinha), que ficam sobrevoando o local dando a todos um grande espetáculo. Vimos também alguns golfinhos e paramos em frente a uma escadaria com mais de 200 degraus, que desce para a Praia do Sancho, onde o Diego e a Juliana começaram a descer, no que foram imediatamente impedidos por falta de tempo, pois entre a opção de tomar banho na Praia do Sancho e na Praia da Baía dos Porcos, optamos pela última. Passamos pela Praia da Cacimba do Padre onde está localizado o Morro Dois Irmãos, duas charmosas ilhotas que parecem flutuar bem à frente, o nome primitivo era Praia da Quixaba, porém com a descoberta de uma fonte de água potável pelo capelão do presídio em 1888, fez com que ela passasse a ser chamada dessa outra forma. Depois percorremos uma pequena trilha por cima de pedras e chegamos a Baía dos Porcos, uma das praias mais aconchegantes da ilha com um visual deslumbrante, lindas piscinas naturais de cores variadas, onde todos se deliciaram em suas águas calmas, transparentes e mornas com um excelente banho. Ficamos ali por mais de 1 hora curtindo aquele paraíso. Um banco de corais com uma infinidade de peixes multicoloridos que todos puderam observar com tal nitidez que nem parecia estar no mar, um colírio para os nossos olhos.
Continuando nosso tour pela ilha passamos pela Praia do Boldró, belíssima também, e após um gostoso banho saímos para almoçar no restaurante do Biu, boa comida, preço fixo com um buffet bem variado e liberado incluindo sobremesa. Seguimos depois para conhecer o Buraco da Raquel, uma formação rochosa com piscinas naturais que atualmente são proibidas para banho por medida de preservação ambiental, mas que pode ser apreciado do mirante. O nome “Raquel” é atribuído à filha de um dos comandantes militares que costumava se esconder na imensa pedra à beira-mar para namorar. Ali também encontra-se o Museu do Tubarão, com entrada franca e exposição de arcadas dentárias de espécies comuns da Ilha, muito atraente principalmente para as crianças, mas indicado para toda a família, o museu também dispõe de painéis que mostram a distribuição de tubarões pelo mundo, explicando seus hábitos e características especiais. Do lado de fora há esculturas que representam a fauna marinha, e na enseada é possível observar filhotes de tubarões durante a maré cheia. No restaurante do museu, não deixe de comer os famosos bolinhos com carne de tubarão preparados ali mesmo.
Passamos pela Ponta da Air France, uma região histórica, localizada no extremo nordeste da ilha, exatamente no ponto em que se encontram o mar-de-dentro e o mar-de-fora onde se instalou, como base de apoio aos vôos realizados sobre o atlântico a empresa Aeropostale/Air France. Não é área para banho, somente para mergulhos e contemplação do mar e das ilhas secundárias, dentre as quais a de São José, que abriga a única fortificação localizada fora da ilha principal: o Forte de São José do Morro. Praia do Leão foi nossa próxima parada, tem esse nome devido a um enorme rochedo semelhante a um leão deitado, não tomamos banho neste local por ser considerada a principal área de desova das tartarugas marinhas, só ficamos apreciando de seu mirante um magnífico visual de onde avistamos em uma de suas piscinas naturais um filhote de tubarão lixa.
Seguimos para a Ponta das Caracas, uma atração natural rochosa de rara beleza que em épocas de maré baixa formam lindas piscinas naturais entre as pedras, mas atualmente é proibida para banho pelos perigos que a descida proporciona, contudo existe um belo mirante de onde é possível ter uma exuberante visão das praias adjacentes. Depois Praia do Sueste, onde a maioria da turma mergulhou com máscara e snorkel para apreciação da fauna marinha, nesta praia é obrigatório aluguel de colete(R$5,00) e é melhor mergulhar com a maré alta, porque assim não é preciso ir muito longe para apreciar belos exemplares de tubarão, enormes tartarugas, arraias e uma grande variedade de peixes coloridos. Ficamos naquela bela praia durante um bom tempo, e seguimos para o Forte São Pedro do Boldró, onde uma multidão já aguardava o famoso pôr do sol.
Bar com música, mesas e garganta seca, então umas cervejinhas geladas para amenizar o calor, pois ninguém é de ferro, hehehehehe. Cada vez mais chegando gente, cada um querendo se posicionar nos melhores espaços para as tradicionais fotografias, lá embaixo aquele deslumbrante cenário do mar com o Morro Dois Irmãos, e quando o sol começou a sumir no horizonte, dezenas de pessoas fotografaram sem parar os últimos momentos daquele dia, enquanto outras aplaudiam o espetáculo que o astro-rei nos proporcionava, que sem sombra de dúvida foi inesquecível para todos nós.
2º Dia: Passeio de barco na bahia dos golfinhos e Aquasub.
Saímos da pousada em uma van que nos deixou no Porto Santo Antônio para um passeio de barco. É interessante fazer o passeio, já incluso almoço e aquasub, pois além de poupar tempo também economiza dinheiro. O Porto é o local de embarque e desembarque de barcos que abastecem a ilha e de passeios turísticos, com lojinhas onde são vendidos além de camisas, diversos souvenires e que atualmente acontece uma grande obra para contenção de ondas que em certas épocas do ano ficam altas e muito fortes. O passeio de barco com duração aproximada de 03:30 horas percorre todo mar de dentro primeiro passando pelas proximidades das ilhas secundárias(Rasa, Sela Ginete, Meio e Rata) para observação de suas formações rochosas e dos ninhos das aves marinhas e na sequência retorna em direção ao outro extremo do arquipélago passando antes pela Baía dos Golfinhos, onde os mamíferos passam o dia descansando para sair a noite em busca de alimentos.
Neste local, ponto alto do passeio, fomos contemplados com um incrível espetáculo proporcionado por dezenas de golfinhos rotadores que acompanharam por vários minutos nossa embarcação parecendo estar nos dando boas-vindas a este passeio que estava apenas começando, continuaram realizando saltos e acrobacias a nossa frente para o delírio de todos. Seguimos até a Ponta da Sapata, uma formação rochosa de difícil acesso e muito procurada por mergulhadores onde de certo ângulo do barco se vê o mapa do Brasil em um buraco na rocha, ali em suas águas a corveta Ipiranga da Marinha Brasileira naufragou em outubro de 1983.
Retornando, continuamos deslizando sobre aquele mar azul-turquesa e paramos para ouvir bem de perto o “Urro do leão”, um som semelhante ao do animal que é provocado pelas ondas em uma fenda cravada na rocha, o movimento de ar gerado pela maré é comprimido na hora da vazão, provocando um forte estouro. De perto, é assustador. Kkkkkk. Paramos depois na Baía do Sancho, isolada, limitada por uma falésia acentuada, considerada uma das praias mais bonita do Brasil, com água verde-esmeralda, calma e transparente, onde é possível ver seu fundo de areia a metros de profundidade e uma das poucas que permite a parada de embarcações para banho, sem causar danos aos corais. Todos os participantes não resistiram à tentação de um refrescante e convidativo mergulho entre centenas de peixes multicoloridos de diversos tamanhos, lindo, muito lindo mesmo.
Almoçamos ali mesmo no barco uma ótima comida que já estava incluída no pacote com direito a repetição, valeu. Passamos pela Praia da Biboca,formada por pedras negras, que comprovam a origem vulcânica da ilha, chegando ao fim do passeio no Porto por volta da 14:00hs. O grupo foi transferido para um barco menor para realizar o aquasub ou planasub, como alguns chamam. É uma nova modalidade de mergulho de aproximadamente 30 minutos cada bateria onde o participante segura uma prancha que por sua vez se mantém presa a um barco através de um cabo de aproximadamente 5 metros, que o puxa. Com a utilização de equipamentos de mergulho (já inclusos), o participante observa a vida marinha existente de uma maneira bastante descontraída. Após todas instruções de como manobrar a pranchinha, e munidos de snorkel e máscara caímos na água, e realmente foram momentos muito descontraídos, com muitas manobras radicais, ora afundando, ora emergindo e também de muita observação de toda biodiversidade ali existente, pois foram vistos muitos peixes, tartarugas, arraias, corais e o mais interessante um navio enorme naufragado.
3º Dia: Mergulho em Noronha
As 08h00min saímos novamente para o porto, desta vez nove pessoas para o mergulho de “batismo”. Dizem os mais experientes mergulhadores que Noronha é um dos melhores pontos de mergulho do mundo, e esta afirmação não se dá por acaso, afinal são poucos os lugares no planeta que a água tem a visibilidade entre 40 e 50 metros na horizontal e vertical e temperatura próxima dos 26°C e isso para não falar da biodiversidade da vida marinha. É comum escutar a seguinte frase na ilha: ”Vir a Noronha e não mergulhar é a mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa”. Baseado nesses fatores que convidam a todos que chegam a Ilha para um mergulho neste mundo colorido e fascinante que eu particularmente resolvi me arriscar novamente nessa aventura, pois anteriormente tive problemas no ouvido e confesso que estava um pouco receoso.
O barco nos levou para a as proximidades das Ilhas secundárias no Mar-de-Dentro e no caminho um dos instrutores nos explicou todos os procedimentos e sinais utilizados no mergulho. Chegando ao local o grupo foi dividido em três, sendo o primeiro formado pelo Thiago, Amanda e um rapaz que estava conosco no barco, o segundo por Diego, Camila, Rafael e Juliana e o terceiro denominado por grupo “dos véios” formado pelo Armando. Herbert e Eu. Todos com roupas propícias ao mergulho e equipamentos definidos mergulharam por um período entre 25 e 30 minutos, chegando a uma profundidade máxima de 12 metros.
Cabe ressaltar que cada um mergulhou sempre acompanhado de um instrutor, deu pena do meu, o cara deve ter ficado de saco cheio, hehehe. Também foram tiradas fotos espetaculares de todos por uma fotografa neste mundo colorido e mágico quase que desconhecidos por todos. No retorno no barco o comentário geral era o cada um tinha visto embaixo d’água, cardume de peixes coloridos, arraias, moréias, corais multicoloridos, tubarão ninguém viu, mas para compensar apareceu um enorme e solitário mero que se abrigou em uma pequena toca, onde quase todos chegaram muito próximos e por pouco abraçaram aquele ser quase “pré histórico”. Gente o peixe era muito grande mesmo, eu não tive a felicidade de tirar uma foto perto dele, pois quando cheguei ao local o danado já tinha zarpado, que peninha.
Retornamos a pousada, encontramos o restante da galera e após um bom banho saímos para almoçar, excelente almoço self-service no restaurante Flamboyant na praça do mesmo nome. Já noite seguimos até a Vila dos Remédios, onde compramos algumas coisas e bebemos aquela gelada curtindo um violão e voz no bar da Praia do Cachorro. Todas as noites rola um som ao vivo (forró, pagode, MPB e até reggae) tanto no Bar do Cachorro como na pizzaria situada ao lado da igreja, porém só começa a bombar mesmo depois da meia-noite.
4º Dia:Vila dos Remédio com por do sol no Forte.
Após o café da manhã resolvemos conhecer com mais detalhes o Centro Histórico. Caminhamos para a Vila dos Remédios observando seu simples e antigo casario, passando pelos Correios, o prédio do Banco Santander que abrigou a primeira escola da ilha, além do Museu e de ruínas, Palácio São Miguel de cor vermelha bem forte, com canhões a sua frente, construído em meados do século XX sobre as ruínas de uma antiga prisão que foi sede do governo territorial e na atualidade é sede da Administração do arquipélago.
Depois a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios a mais importante do arquipélago e declarada Patrimônio Histórico e Artístico em 1981, construída no século XVIII e restaurada em várias ocasiões ao longo de sua história e o Forte Nossa Senhora dos Remédios construído também no século XVIII sobre os restos de uma antiga fortaleza holandesa que é considerada a mais importante de todo o arquipélago e foi utilizada ao longo de sua história como presídio e quartel militar. Esta fortaleza localizada na Vila dos Remédios no alto de uma colina é cercada por uma imponente muralha rodeada por vários canhões, de onde podemos desfrutar de uma belíssima vista panorâmica de boa parte da Ilha.
Por último a Praia do Cachorro para um delicioso banho sob um calor intenso. Nesta praia está localizado o Buraco do Galego que fica exposto entre as rochas somente na maré baixa onde os moradores locais realizam perigosos mergulhos em seu interior.
A tarde resolvemos conhecer algumas praias próximas ao Centro, através de uma caminhada leve que começou na Praia do Cachorro, depois Praia do meio e finalmente Praia da Conceição. Curtimos um belo visual das praias principalmente desta última, que é uma das mais extensas e badaladas do arquipélago, frequentada tanto pelos nativos como por turistas. Ideal para a pratica de surf, entre os meses de dezembro e fevereiro, para o mergulho, banho ou simples contemplação. Uma excelente dica neste lugar é a observação do pôr-do-sol, pois se tem a impressão do sol cair direto no mar ao lado do Morro do Pico, proporcionando assim um espetáculo de rara beleza. Andamos pelas suas areias claras e fofas e avistamos também o Pião, uma pedra incrivelmente apoiada em uma pequena base, depois mais um refrescante e gostoso banho em suas águas transparentes e mornas. Por último retornamos ao Forte Nossa Senhora dos Remédios para captar aqueles cartões postais do pôr-do-sol.
5º Dia: Caminhada a Praia da Atalaia
Tomamos café antes das 06h00min, pois seríamos o primeiro grupo a fazer a trilha, precisamente as 7:00h da manhã, porém devido a um atraso do guia quase não podemos fazê-la. Esta trilha tem acesso controlado, sendo monitorada por fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) só recebendo com agendamento prévio pelas operadoras apenas seis grupos de até 20 pessoas por dia devido ao horário da maré baixa. Porém conversa vai, conversa vem, e com aquele jeitinho conseguimos o que queríamos, sob a condição de que não poderíamos parar para mergulhar e flutuar na Praia da Atalaia. Existe a trilha curta que vai somente até a praia e volta, optamos pela longa com percurso aproximado de 4 Km e com duração entre 4 e 5 horas. Primeiro paramos na piscina natural da Praia da Atalaia onde há corais, moréias, uma diversidade de peixes e filhotes de tubarão-limão.
Retornamos pela mesma trilha e subimos uma falésia onde caminhamos por sua crista contemplando sempre um belo cenário proporcionado pelo mar de fora e o Morro do Pico. Passamos por pequenas penínsulas e alguns mirantes onde várias fotos do grupo foram tiradas, até chegarmos ao alto do Morro da Pontinha, descortinando uma linda vista de parte do arquipélago e suas ilhas secundárias. Em seguida descemos em direção a praia e mergulhamos em suas águas esverdeadas para apreciação da fauna marinha ali existente, onde todos viram bem perto uma enorme tartaruga, além é claro de várias espécies de peixes. Seguimos caminhando agora por cima de pedras soltas em direção a Enseada da Caiera, e novo mergulho finalizando o passeio próximo ao Museu do Tubarão, de onde voltamos à pousada. Assim terminou nosso sonho no mágico e espetacular arquipélago de Noronha, ah Noronha.
Considerações Finais
Fernando de Noronha foi mais um sonho antigo de viagem dentre outros que realizamos. Passamos quase seis dias incríveis e abençoados pelo criador no arquipélago e foi mais que suficiente para conhecer todos seus encantos e belezas naturais. Conhecemos praticamente os quatros cantos da ilha, seja caminhando, mergulhando, navegando ou num pequeno off – road, só parando praticamente à noite para dormir. Todos ficaram encantados com lindas paisagens que foram vistas e gravadas em nossas mentes, com os refrescantes banhos e mergulhos em suas águas transparentes de tons variados passando de um azul intenso ao verde esmeralda, da simplicidade dos nativos da Ilha, da sensação de liberdade total sentida, do aprendizado sobre a fauna marinha e dos programas de educação ambiental, porém para a maioria nada se comparou aos mergulhos, primeiro o mergulho livre com máscara e snorkel nas piscinas naturais da Baia dos Porcos e Sancho, depois o aquasub, realmente emocionante apreciar vários cardumes de peixinhos coloridos, peixes maiores, polvos, tartarugas e até um navio naufragado. Mas a surpresa maior estava reservada para o dia do batismo. Indescritível, o fundo do mar é realmente um mundo totalmente diferente, desconhecido e fascinante. Curtimos muito isso tudo e, com certeza jamais esqueceremos os dias vividos neste lugar fantástico. Pretendemos voltar um dia para este pedaço do paraíso, ou melhor, para o verdadeiro paraíso, porque se o paraíso existe certamente está localizado em Fernando de Noronha.
Texto: Valdir Neves
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