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O parque abrange os municípios de Jacinto Machado, Praia Grande (SC) e Cambará do Sul (RS). Possui belezas visuais raras, como o Canyon Fortaleza, cachoeiras e espécies raras de fauna e flora. Coexistem na área do parque a floresta de araucárias, campos e a floresta pluvial atlântica. A fauna possui espécies como o lobo-guará, a suçuarana e o veado-campeiro e entre as aves destacam-se o gavião-pato e a águia-cinzenta. O relevo é acentuado com montanhas e vales profundos, que recortam as bordas do planalto, no sul catarinense; e é caracterizado por coxilhas suaves e vales rasos na parte rio-grandense. Suas principais atrações são as trilhas do Mirante do Fortaleza, da Pedra do Segredo e da Borda dos Cânions. Além do Cânion Fortaleza, outros dois cânions estão dentro do Parque, o Churriado e o Malacara. O principal atrativo do Parque Nacional da Serra Geral é o Cânion Fortaleza, um dos mais belos da região O seu nome deve-se à configuração do terreno, talhado de tal forma que lembra as muralhas de um forte, com suas pontes e torres. Suas escarpas atingem, em alguns lugares, 900m de altura. A vegetação verde-escura que se vê agarrada às rochas, ao fundo, é constituída de colossais folhas chamadas de “abóboda do diabo”, que chegam a medir 1,50 m de diâmetro. O cânion se estende por cerca de 5.800 metros de comprimento, 2.000 metros de largura e uma profundidade de 600 metros. Mesmo com muita neblina e tempo chuvoso arriscamos novamente a fazer as trilhas do Cânion Fortaleza no Parque Nacional da Serra geral, pois dois dias antes não conseguimos também pelas péssimas condições climáticas no local. Saímos cedo da pousada em Cambará do Sul e pegamos a estrada CS-012 que da acesso ao parque, estrada que é uma continuidade da avenida principal de Cambará do Sul, a Getúlio Vargas. Dos 23Km até a portaria a maior parte foi asfaltada recentemente e o restante permanece de terra com muitos buracos. Passamos pela portaria com aval dos guardas e seguimos mais 4 km até o estacionamento, ponto de partida para a primeira trilha, a do Mirante. Mesmo fazendo muito frio e tempo ruim encaramos a trilha, Eu, Herbert e o Ismar, o Veião Armando preferiu ficar no carro, pois tinha sacrificado muito o joelho na trilha do dia anterior no Rio do Boi. O velho ditado serviu pra gente “Quem tá na chuva é pra se molhar” e seguimos em frente para encarar os 3,5 km para chegar ao topo do cânion, principal mirante, a aproximadamente 1150 metros de altitude. O primeiro trecho é um pouco íngreme, mas depois a trilha se revela tranquila com grandes áreas planas e com o visual dos paredões rochosos. Existe um mirante escondido antes da subida íngreme, virando à esquerda, na direção contrária à trilha, que faz o aventureiro se sentir dentro do cânion, no miolo da altura de 900 metros da Fortaleza, infelizmente não nos aventuramos devido a pouca visibilidade. Do topo em dias de céu azul é possível visualizar toda a orla marítima, a planície costeira do extremo sul catarinense, a praia de Torres, no Rio Grande do Sul e ainda observar cerca de 95% do cânion. Antes das nuvens nos alcançarem avistamos um ponto branco pequenino bem longe que era o nosso carro estacionado, porém logo desapareceu na densa neblina. A caminhada vale a pena, pois é uma trilha de dificuldade média, realizada em cerca de duas horas mas com visibilidade tudo fica mais bonito. Voltamos ao estacionamento e encontramos um belo exemplar do Graxaim, que mais parecia um cachorro doméstico tristonho pedindo ajuda para suportar aquele frio. Ali mesmo no estacionamento tem uma placa indicando uma trilha pela borda do cânion e aproximadamente 2,5 km antes do estacionamento tem outra placa que indica o caminho para a Trilha do Tigre Preto e da Pedra do Segredo que é continuação da mesma trilha. É uma caminhada de dificuldade média, com 3 km (ida e volta) até a cachoeira e mais 500 metros até a Pedra do Segredo, porém inclui subidas e descidas íngremes, em mata fechada, e travessia sobre pedras de um arroio de águas cristalinas, no topo da cascata do Tigre Preto, onde todo cuidado é pouco, pois os mirantes para essa fantástica queda d´água em vários degraus da cachoeira não têm cerca de proteção. A cascata possui 4 quedas somando quase 1000 metros de altura. A melhor sensação é passar por cima da cachoeira, pulando de pedra em pedra, apreciando um visual incrível. Vale a pena caminhar até a Pedra do Segredo, que é um monolítico de várias toneladas, com 5 metros de altura apoiado numa pequena base de 50 cm, parecendo que vai despencar a qualquer momento. Todos querem saber qual o segredo dessa sustentação. Infelizmente não é mais permitido chegar até a base da pedra. Deste local descortina-se uma visão praticamente integral dos 7,5 km de extensão do cânion da Fortaleza, que se revela em ondulações gigantes, cobertas de mata verde. Não realizamos esta trilha por falta de visibilidade, mas com certeza voltaremos um dia.

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